Como a mídia social influenciou o Coachella

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O Coachella não começou como o Met Gala para influenciadores.

O festival foi realizado pela primeira vez em outubro de 1999 e pretendia ser um evento acessível para fãs de música alternativa. Realizado apenas três meses após o infame Woodstock ’99, o primeiro Coachella teve uma audiência de apenas 25.000 pessoas e não obteve lucro, custando aos organizadores quase US$ 1 milhão.

Depois de tirar um ano de folga, o Coachella voltou em abril de 2001. Enquanto o Coachella começou a ganhar popularidade em sua primeira década, a década de 2010 inaugurou uma era distintamente nova para o festival e se tornou um evento lucrativo e definidor de estilo.

Então, o que mudou?

Em seus primeiros anos, o Coachella apresentava artistas predominantemente alternativos, com headliners como Beck e Rage Against the Machine. Na década de 2010, artistas convencionais, incluindo Jay-Z, Lady Gaga e Beyonce, começaram a atrair multidões maiores.

O que começou como um evento de um dia evoluiu para um festival de seis dias que se estende por fins de semana consecutivos. Em 2016, havia mais de 99.000 participantes no Coachella a cada fim de semana – combinados para ser quase 10 vezes o comparecimento do primeiro evento.

Como o marketing de influenciadores mudou o Coachella

A ascensão das mídias sociais também teve um grande impacto no crescimento do Coachella. A cultura do influenciador e a “moda do festival” tornaram-se quase sinônimos do evento.

Como criadores de conteúdo e celebridades começaram a frequentar o Coachella em massa, o que eles usavam quase ofuscou o que estava acontecendo no palco. As marcas, principalmente aquelas que dependiam do marketing de influenciadores, começaram a alavancar o Coachella como parte essencial de suas estratégias de negócios.

Em 2015 e 2016, a H&M fez parceria com os organizadores do Coachella para lançar #HMLovesCoachella, uma coleção de roupas que captura a estética boho pela qual o festival é conhecido. A H&M também organizou uma loja pop-up no festival de 2016, onde os participantes puderam comprar as roupas no local.

Talvez nenhuma empresa tenha usado o Coachella como uma ferramenta de marketing de influência tanto quanto a empresa de roupas Revolve, com sede em Los Angeles.

Como a Revolve usa o marketing de influenciadores no Coachella para gerar receita

É relatado que quase 70% das vendas da empresa vêm de influenciadores, e o marketing experimental com criadores de conteúdo em eventos como o Coachella é um dos principais geradores de receita.

Desde 2015, a Revolve realiza o Revolve Festival, uma festa apenas para convidados para celebridades e influenciadores.

Ao longo dos anos, o Revolve Festival ganhou as manchetes por fazer parceria com marcas de celebridades como 818 Tequila de Kendall Jenner e Rhode Beauty de Hailey Bieber, e pelos problemas de transporte do ano passado que deixaram os influenciadores comparando a festa ao desastroso Fyre Festival de 2017.

Apesar da controvérsia, o Revolve Festival, combinado com o conteúdo distribuído por influenciadores vestidos com as roupas da Revolve, ajudou a marca a gerar impressionantes cinco bilhões de impressões sociais e de mídia.

Entre patrocinadores investindo dinheiro na oportunidade de ter suas marcas vistas no evento e influenciadores transformando suas experiências em conteúdo para seus seguidores, o Coachella passou de um modesto festival de música para uma máquina de marketing de mais de US$ 1 bilhão.

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